O verdadeiro significado de datas especiais e prioridades no relacionamento

| Lições aprendidas sobre comemorar datas especiais e definir prioridades no relacionamento a dois.


Amor

Os dias que antecedem o dia dos namorados sempre são especiais. Especialmente pra nós, meu marido e eu, pois foi nessa época que nos conhecemos. É uma comédia esse nosso começo nada convencional, mas a importância da data é que a partir daí um entrou na vida do outro, mesmo tendo acontecido o "amor a primeira vista" somente por parte dele. Mas isso não vem ao caso, o que pretendo aqui é contar pra vocês duas lições aprendidas com relação a datas especiais e prioridades.

Durante os primeiros quinze anos de casados eu fui muito estressada com datas especiais. Criava muita expectativa, como se devessem acontecer grandes coisas naquela data, e deixava de aproveitar o momento. Talvez fosse algum "toc de organização" que não me fazia bem. O que eu fazia de "grandes coisas"? Eu não fazia, esperava por ele, que é  desligado por natureza, então já viu a encrenca. As pequenas porém significativas coisas eram desconsideradas, pela neura de que deveria ter sido mais legal. Sempre conseguia fazer rolar um climinha básico de insatisfação.

Homens nem sempre se ligam nessas coisas, e mulheres se frustram por pouca coisa. Parece que é meio obrigação comemorar ano após ano, aniversário de namoro, de casamento, quando nos conhecemos, e mais outras tantas datas que a gente acha super importante que sejam lembradas.

Só que agora aconteceu a catástrofe: Dia 7 de junho fez 19 anos que nos conhecemos, e nenhum de nós lembrou da data, nem euzinha aqui. Sabia que tinha alguma data festiva essa semana, mas nem me toquei que era essa. Sexta voltando de um "jantar dos namorados" nos flagramos do ocorrido.

Quer mesmo saber? Acho que finalmente entendemos o significado de prioridade no nosso relacionamento, e de que todos os dias são especiais. De que criamos o tempo, criamos as oportunidades, e de que levar a vida com mais bom humor é melhor do que levá-la demais a sério. Meu marido também se tocou de que lazer e qualidade de vida não acontece só nos poucos dias de férias do ano. Viva a vida!

Se fosse noutras épocas esse esquecimento, agora duplo (dos dois!), seria motivo de discussão (por causa de mim, claro). Desta vez a gente chegou a conclusão acima juntos, e dando gargalhada, tentando lembrar onde estava nossa cabeça no início da semana... (pra garantir, acho que vale anotar a data no calendário, como lembrete permanente. Não dá pra confiar na memória não.).

Por que resolvi contar essa história hoje? Porque acredito que deve haver muita mulher neurótica como eu (era), e desculpem a sinceridade, como eu disse, se não me fazia nada bem, pra mulher nenhuma deve fazer. Existem muitas coisas que desgastam um relacionamento, e estar ao lado de uma pessoa "mala" acho que deve ser o mais matador de todos. Quem aguenta? O que edifica? O que acrescenta?

O comportamento e a própria mudança de atitude que fazem com que um novo relacionamento aconteça (com o mesmo cara). Passei anos falando (brigando) com meu marido sobre a tal prioridade: querendo ser a prioridade número 1, e que o casamento fosse a coisa mais importante. A chegada dos filhos, principalmente o primeiro, bem no dia que fazemos aniversário de casamento, quebrou um pouco esse meu egoísmo, e então dá pra perceber quanta imaturidade está expressa em não se compreender o que a gente mesmo acredita. Ele nem sempre é minha prioridade número 1, porque eu deveria ser a dele? Isso não quer dizer que não tenhamos o casamento como prioridade. Só que a vida é mais do que isso: é trabalho, é família, é estudo, é lazer individual, é amizades.

A organização também teve muito a ver com isso, pois ela faz a gente olhar para as áreas da vida, e sacar que tudo é importante. Especialmente faz a gente entender o verdadeiro conceito de prioridade: ter tempo para o que é importante. Como são muitas coisas importantes, cada uma deve ter seu momento, e elas se alternam de tempos em tempos. É simples assim! A gente precisa saber dividir atenções em família, por exemplo, e quem tem filhos vai entender o que estou falando.

Como já dizia o sábio Rei Salomão "Tudo tem o seu tempo, cada coisa tem a sua ocasião" (Ec 3.1).  Também para crescer, amadurecer e enxergar a vida com um olhar mais inteligente. E aí, se identificou com essa "mulher mala" que descrevi? Já tentou fazer diferente? Faça o teste, e seja mais feliz!

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